Os revestimentos 3D se tratam de placas constituídas de gesso, cerâmica, pedras, cimentícios ou e até mesmo de polímeros, cujo design  evoca sensações de profundidade e movimento a superfícies verticais. Há algum tempo eles vêm sendo fortemente utilizados como alternativa de textura para os espaços, uma vez que suas diferentes modulações e desenhos são uma solução rápida e fácil para aqueles que querem trazer mais personalidade aos ambientes. Todavia, além de seus preços serem acessíveis para poucos, levanto aqui questões que tais revestimentos podem causar quando muito utilizados.
    Acredito que o uso desenfreado dos revestimentos 3D, especialmente em áreas muito grandes, pode acabar transmitindo um ar um pouco pesado ao ambiente, afinal tudo em excesso, não importando o material, pode ficar demais e fazer a pessoa enjoar do espaço.
    Analisarei-o primeiro quanto a sua praticidade/funcionalidade. Exatamente por causa dessa tridimensionalidade, eles são um tanto quanto difíceis  no quesito de limpeza, seja em ambientes fechados, onde podem acumular poeira e teias de aranha, ou em ambientes externos, em que a chuva e intempéries, assim como terra e sol, marcam algumas peças. Isso ainda, sem considerar, aqueles que são utilizados em paredes de banheiro, onde suas ranhuras se tornam um hospedeiro perfeito para o mofo. Portanto, ao realizar a compra de tal material, fique atento as suas especificações técnicas de manutenção,
    Quanto ao design, os revestimentos tridimensionais possuem uma infinidade de formas, combinações e cores, conseguindo agradar os mais diferentes gostos. Admito que meus favoritos são principalmente aqueles cuja tridimensionalidade é algo não muito pronunciado e com desenhos mais discretos, entretanto, os mais amplamente utilizados são os que possuem peças maiores e relevo bastante acentuado.
     Minha ressalva se mantém entretanto na carga que eles podem acarretar nos espaços. Se já enjoamos facilmente de algumas cores de tinta, como conviver em um ambiente com algo tão marcante? Afinal, ao contrário da pintura, eles não são tão fáceis de serem removidos, muito menos razoáveis financeiramente, para poderem ser trocados à medida que cansarmos.
    Não obstante, entendo perfeitamente essa sede por utilizar algo diferente para revestir os espaços com o objetivo de trazer um caráter mais interessante ao espaço e o fato de os revestimentos 3D proporcionarem isso facilmente. Porém, friso a importância de se pedir a opinião de um profissional da área (arquitetos e/ou designers de interiores), de modo que esta escolha seja mais assertiva e menos carregada, inclusive explorando outras opções/combinações também, como painéis de madeira, porcelanatos e até mesmo pedras.
Publicado no dia 25 de junho de 2018 no blog do Pavimento Tipo
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